Camisa preta engomada
Calça beje amarrotada
Corrida longa e desengonçada
Olhar estático, frustrada
Caminho longo e semeado
De um futuro bem tratado
Os dedos nervosos e cruzados
A pele seca, amargurado
E lá no meio da estrada
Com o coração na mão
No cruzamento dos olhares
O desejo de ser amada
Num segundo se perde
A abrupta força da mente
Sentindo ferver o azul celeste
Mesmo que sempre seguindo em frente
E logo que a visão
Da rua, da multidão
Toma conta dos olhares
Toda a intensidade perece
E a flor mais bela do jardim
É engolida friamente pelos mares
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
São Paulo
Numa doce e chuvosa noite de sexta
Com o céu cinza cálido
Olhando ao alto como quem inventa
A poesia da morte, inspirado
Nem as linguas d'água que traziam
A anunciação do velho dia
Do sol poente derretido
Do vento louco enrubescido
A animosidade se valia
Das frágeis marcas de seu pulso
Corado a vermelho sangue
Na dança da eternidade fria
E como bixo se desfaz
A alegre tentação da vida
Levando ao alto a glória
De um limpo sorriso sagaz
Com o céu cinza cálido
Olhando ao alto como quem inventa
A poesia da morte, inspirado
Nem as linguas d'água que traziam
A anunciação do velho dia
Do sol poente derretido
Do vento louco enrubescido
A animosidade se valia
Das frágeis marcas de seu pulso
Corado a vermelho sangue
Na dança da eternidade fria
E como bixo se desfaz
A alegre tentação da vida
Levando ao alto a glória
De um limpo sorriso sagaz
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