sábado, 10 de janeiro de 2009

Fluxo Negro

Gotas de chuva atingem meu rosto calado.
Pálido, olho para o que vem de cima,
Esperando o dia acabar

Um litro de coragem,
Nem isso bastou
Para aprofundar
A imensidão negra

Mas os olhos de esfinge
Desarmaram meus pulsos
E o córrego de veias
Estancou por um segundo

O fluxo admirável
Da imensidão escura
Me tomou por completo
Num gesto simplista

Um jogo futurista
De dedos entrelaçados
Que me prenderam
moveu o mundo
Que viva angústiado
E fez renascer
Aquele segundo tão esperado

2 comentários:

Mel disse...

Lindo poema!
;)

Suellen Rubira disse...

tô lendo o blog...e curtindo! =)