quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Relógio

Os ponteiros não andam
Todas as horas se traduzem em água
Olhos ternos, boca suja de batom
Fita longe o relógio sem ponteiros

Longas noites de choro breve
Leve nuânce da vida breve
Os ponteiros não mudam de lugar
Pois, tua pele plácida parece sempre a mesma
Macia, doce, tenra ao paladar

Os ponteiros não trocam de posição
E toda a breviedade da dor
Se traduz num simples expressar
Do sofrimento, da minha dor.

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